sábado, 21 de janeiro de 2012

Você será o Super homem. Agora Voe!


Livre-arbítrio: faculdade da vontade para se determinar; possibilidade de exercer um poder sem outro motivo que não a existência mesma desse poder.

“Faça isso!” e “faça aquilo” são frases fáceis de serem pronunciadas, já que só exigirão esforço daquele que as ouve. Na sociedade em que vivemos, há uma divisão hierárquica natural nas empresas. A relação se estabelece entre chefe e empregado: o primeiro manda e o segundo só tem a obrigação de cumprir a ordem dada. Acontece que esse tipo de relação não ocorre somente em empresas, mas também na vida social. E muitas pessoas acabam perdendo o seu poder de escolha com isso.

Há três tipos de ouvinte: aqueles que refletem sobre a ordem, analisando os meios de a cumprirem e suas consequências, tomando parte da responsabilidade para si; aqueles que apenas cumprem o que lhes foi dito, sem ligarem para qualquer outra coisa a não ser o resultado; e aqueles que não pensam na ordem, no resultado nem no porquê de a obedecerem: apenas seguem o fluxo. Tanto o segundo como o último podem ser facilmente influenciados: o segundo por ser uma máquina desenfreada, já que não toma a responsabilidade de seus atos para si, precisando apenas de uma recompensa no final para que o faça. O último por não exercer sua capacidade de discernimento.

Mas e quando não há quem mande? Quando a escolha for individual e for preciso tomar uma decisão por si mesmo? Ambos teriam a chance de começar a pensar. Mas também poderiam ficar perdidos e parados, sem fazer coisa alguma. Ficariam como uma estátua, esperando alguém vir para mandar, já que ele próprio não sabe tomar uma decisão. E é aí que a vida passa… A pessoa tem liberdade para tomar a decisão, mas não a toma. Alguém que possui a liberdade, mas não sabe utilizá-la? Realmente chegamos a tal ponto de não aproveitar a chance de escolha? Sim, por medo. E pelo simples fato de não praticarmos a indagação, não temos condições de escolher. Esse desinteresse foi criado aos poucos, a cada ordem cumprida sem ser questionada, a cada “tanto faz”.

Um exemplo disso é a escolha da faculdade. Jovens que acabam de sair do colegial já precisam saber a profissão que exercerão por toda a vida. Será que pensam no motivo de trabalharem, na sua utilidade como profissional ou como irão contribuir ou não para a sociedade? Será que o jovem chegou a pensar no motivo de ter passado todo esse tempo na escola, estudando? Ou será que essa escolha é simplesmente feita por fazer, pois foi estabelecido que naquele período de sua vida era preciso prestar vestibular? Simplesmente porque todo mundo faz nessa época?

Receber ordens, cumprir ordens, fazer a roda girar. Que tal parar e pensar: por que, para quê, como? Não adianta temer. É preciso que se entenda que, não importa quem faz a escolha, ela terá consequências para quem a praticou, quem mandou e outros a sua volta. Já que você será afetado, porque você mesmo não decide a melhor opção? É melhor tomar responsabilidades, mas mesmo assim ter controle do volante que conduz sua vida. Pode parecer clichê, mas afinal, quem a vive é você.

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | 100 Web Hosting